terça-feira, 17 de setembro de 2024
Um sussurro na alma: o silêncio de Deus
Convicção
Convicção
sexta-feira, 26 de janeiro de 2024
Um serviço pastoral, a muito tempo esquecido Visita aos Membros
Minha primeira visita pastoral foi a primeira
que fiz quando era um jovem pastor.
Meu caso não era único na época e nem o é hoje. Estou certo de que
muitos de vocês irão se identificar com a minha experiência. De fato, muitos
leitores não reconhecerão que estavam sendo privados de algo que era uma parte
essencial da experiência da igreja. Em nossos dias, o trabalho pastoral
é absurdamente negligenciado. Muitos pretensos pastores enchem suas
vidas de assuntos administrativos ou acadêmicos de forma que eles possuem pouco
tempo para as pessoas do rebanho. Outros têm igrejas tão grandes que não
conseguem sequer começar a pastorar os membros de suas
congregações. Cada vez mais, esses homens abordam a supervisão
congregacional como se fossem o Chefe do Poder Executivo. Mas, mesmo em nossas
pequenas igrejas reformadas, o ministro frequentemente negligencia o importante
trabalho de pastorear. Muitos membros de igreja somente
recebem visita quando estão doentes (e olhe lá). Não podemos
saber a condição de nosso rebanho ou ministrar efetivamente a ele sem fazer
cuidadosamente o trabalho de visitação às famílias. Além
disso, esse trabalho é necessário para a cimentação da verdade e de seus
resultados na vida das pessoas.
Historicamente, a visitação pastoral é parte do
trabalho esperado de um pastor de verdade. Nossos pais na fé
levaram essa parte do trabalho ministerial muito a sério. Certo pregador por
nome de Packer a muitos anos atrás escreveu: Sabendo
as maneiras pelas quais o Espírito traz pecadores à fé e à nova vida em Cristo,
e pelas quais guia os santos, por um lado, a crescerem à imagem de seu Salvador
e, por outro, a aprenderem a serem totalmente dependentes da graça, os Cristãos
se tornaram esplêndidos pastores. A profundidade e unção de suas
exposições “práticas e experimentais” no púlpito não eram mais marcantes que a
habilidade do estudo da aplicação do remédio espiritual para as almas doentes. Por
meio da Escritura, eles mapearam o frequente confuso terreno da vida de fé e
comunhão com Deus com grande profundidade (veja ‘O Peregrino’ como um
dicionário ilustrado), e a agudeza e sabedoria deles em diagnosticar algum mal
estar espiritual e em utilizar o remédio bíblico apropriado era excepcional.
Desde meu inicio ministerial há mais de 25 anos atrás sempre aprendi, e
hoje ensino que: É dever do ministro não apenas
corrigir as pessoas confiadas a seu cuidado em público, mas, também, em
particular; especialmente admoestar, exortar, repreender e confortá-las em
todas as ocasiões, enquanto seu tempo, sua força e sua segurança pessoal o
permitirem. Ele deve admoestá-las em tempo de saúde, para prepará-las para
morte. E. para esse propósito, elas frequentemente vão conferir com seus
ministros como está o estado de suas almas. E, no tempo de doença, para ouvirem
seus conselhos e pedir ajuda, oportuna e periodicamente, antes que suas forças
e compreensão falhem com eles.
Um pastor moderno recentemente falou
sobre a visitação pastoral: “Há quatro maneiras em que os seres humanos
aprendem: ouvindo, discutindo, assistindo e descobrindo. Alguém pode chamá-las
também de audição, conversação, observação e participação. O primeiro é mais
direto, da boca para o ouvido, do orador para o ouvinte, e, claro, inclui a
pregação. Mas nem sempre é, de forma alguma, o mais efetivo. ‘A maioria das
pessoas acha difícil entender conceitos de forma puramente verbal…'” 3.
Em um livro mais recente, ele afirmou que a visitação pastoral
é uma maneira de o ministro preencher a lacuna entre sua congregação e a
segurança das verdades que ela ouviu no púlpito: “E temos de deixar as pessoas
falarem conosco. Não há uma maneira mais rápida de preencher o abismo entre o
pregador e as pessoas do que encontrá-las em suas casas e em nossas casas. O
pregador eficiente é sempre um pastor diligente. Somente se ele achar tempo toda semana para tanto visitar
as pessoas como entrevistá-las, ele será capaz de estar em contato com elas
enquanto prega”.
O principal texto que exige o cuidado pastoral é Atos 20.28. Paulo, no contexto do seu exemplo de ensinar
privativamente de casa em casa, encarregou os presbíteros: “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre
o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a
igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue” (Atos 20.28).
A igreja tem interpretado tradicionalmente que esse mandamento inclui
a visita familiar. Richard Baxter nos deu a clássica aplicação
desse texto em seu trabalho de visitação familiar, O Pastor Reformado. Baxter
(1615-1691) foi um pastor por excelência, cujo ministério Deus abençoou grandemente.
Ele pastoreou a Igreja de Kidderminster, em 1641-42 e depois, de
novo, após a Guerra Civil Inglesa, em 1647-61. Kindderminster era uma cidade
com cerca de 800 lares e 2000 pessoas. Por quase todas as partes, as pessoas
eram espiritualmente desamparadas. Packer descreve o efeito de seu ministério
no meio deles:
“Eles
eram um povo ignorante, rude e beberrão quando Baxter chegou, mas isso mudou
drasticamente. ‘Quando iniciei meus trabalhos, observei todos aqueles que eram
humildes, reformados ou convertidos. Mas com o desenvolver do trabalho, aprouve
a Deus converter tanta gente, que eu não conseguia ter tempo para tais
observações… famílias e um número considerável de uma só vez… chegavam e
cresciam e eu sequer sabia como’. ‘A congregação estava sempre cheia [a igreja
comportava 1000], então tivemos de construir cinco galerias… Nos dias do
Senhor… você conseguia ouvir centenas de famílias cantando salmos e repetindo
os sermões enquanto passava pelas ruas… quando cheguei lá pela primeira
vez, havia apenas uma família por rua que adorava a Deus e o chamava pelo nome,
quando fui embora, havia algumas ruas onde não havia sequer uma família que não
fazia isso’. ‘Mais tarde, Baxter escreveu:
‘entretanto, estou a cerca de seis anos longe deles e eles têm sido atacados
com calúnias vindas do púlpito e difamações, ameaças e prisões, com
palavras aliciadoras e raciocínios sedutores, mas eles rapidamente se opuseram
e mantiveram sua integridade. Muitos foram para Deus, outros foram removidos,
outros estão na prisão, e, a maioria, ainda está em casa. Mas nenhum sobre os
quais eu ouço caíram ou abandonaram a retidão (Baxter está descrevendo o que
aconteceu durante a Grande Expulsão)’. Quando, em dezembro de 1743, George
Whitefield visitou Kidderminster, ele escreveu a um amigo: ‘eu fui grandemente
revigorado em encontrar o doce aroma da doutrina, trabalho e disciplina do
senhor Braxter, os quais permanecem até hoje’.
Em meio a outros deveres, duas vezes por semana, Baxter fazia a visitação familiar.
Ele também ensinava e encorajava seu povo a vir a ele com seus problemas. E
Baxter começou a inspirar outros ministros com a sua visão.
Os membros da Worcentershire Ministerial Association convidaram
Baxter a falar a eles sobre catequese paroquial e visitação. Por
problema de saúde, ele não pôde falar no dia combinado, então ele expandiu a
mensagem e a publicou no livro The Reformed Pastor. Ele usa a palavra “reformado” não para se referir à doutrina, mas ao
arrependimento ministerial e renovação. Ele escreveu, “Se Deus ao menos
reformasse o ministério e os colocasse em suas obrigações zelosamente e
fielmente, as pessoas certamente seriam reformadas”.6 O tratado
é baseado em Atos 28.26. Sua doutrina era: “os pastores ou bispos
da igreja de Cristo devem ter grande cuidado consigo mesmos, com todos dos seus
rebanhos, em todas as áreas do trabalho pastoral”.
Na Dedicatória do seu livro, ele
expõe os motivos do dever do cuidado pastoral:
- Que as pessoas devem ser ensinadas sobre os
princípios da fé. As questões da grande necessidade de salvação são
dúvidas passadas em nosso meio.
- Que elas devem ser ensinadas da forma mais
edificante e vantajosa possível. Espero que concordemos com isso.
- Que a conferência pessoal, e o exame, e a
instrução possuem muitas vantagens excelentes para o bem deles, isso não é
mais motivo de discussão.
- Que a instrução pessoal nos é recomendada pela
Escritura, e pela prática dos servos de Cristo, e aprovada pelos piedosos
de todos os tempos, é, até onde eu sei, sem contradição.
- Não há mais dúvida que devemos exercer esse
grandioso dever a todas as pessoas ou a tantas quanto pudermos fazê-lo,
para que nosso amor e cuidado por suas almas possam ser estendidos a
todos. Se há quinhentas ou mil pessoas ignorantes em sua Igreja ou
congregação, então você está fazendo um pobre exercício do seu dever ao
conversar de vez em quando com algumas poucas pessoas, deixando as demais
sozinhas em sua ignorância, enquanto você podia ajudá-las.
- Não é com menos certeza que um trabalho tão
grandioso como esse deva tomar uma parte considerável do seu tempo. Por último,
é igualmente certo que todos os deveres devem ser feitos com ordem, o
quanto for possível, e, por isso, devem ter hora marcada.
Se você não leu o livro, eu o encorajo a fazê-lo. Como mencionei, Baxter
separava dois dias por semana, terças e quartas, para realizar esse trabalho. Dessa
forma, Baxter visitava por volta de 15 famílias por semana.
Com a abordagem de Baxter, nós aprendemos uma particular quantidade de
lições sobre cuidado pastoral.
Primeiro, temos de organizar nossa igreja para esse trabalho. Essa
organização consiste tanto em instrução como em divisão da congregação. A
congregação precisa ser instruída do benefício desse trabalho. Baxter aponta
que nós temos de treinar “as pessoas a se submeterem a esse curso particular de
catequese e instrução; se elas não vierem a você ou permitirem você ir a elas,
o que de bom elas recebem?”.8 Esse treinamento começa com o
ministro agindo de uma maneira com que as pessoas de sua congregação saibam que
ele as ama e que faça com que elas o amem. Quando essa afeição mútua for
estabelecida, pregue sobre a necessidade e os benefícios da visitação pastoral.
O ministro precisa alistar e treinar os obreiros nesse trabalho. A
falha do método de Baxter foi não envolver os obreiros. Ele não se utilizava
deles, mas eles também eram líderes do rebanho que deveriam responder a Deus
sobre sua administração. Um obreiro bíblico é muito mais do que um tomador de
decisões; ele é um Pastor quer seja consagrado, ou não, na nossa Igreja
temos a seguinte frase, NO ESPAÇO PENTECOSTAL, CADA CASA É UMA IGREJA E CADA
MEMBRO É UM LIDER. Nós precisamos motivá-los e treiná-los para esse trabalho.
Esse treino deve consistir em explicar os deveres e princípios bíblicos
de como se deve conduzir uma visita. Ministros devem levar os Obreiros
consigo com o fim de eles aprenderem a lidar com uma visita pastoral.
Com respeito a visita em si, tenha em mente que ela
é pastoral. O pastor deve visitar as casas da pessoas socialmente, mas a visita pastoral é para inquirir sobre o bem estar espiritual da família. Comece
a visita com uma oração e leitura da Escritura. Se houver
criança na casa, vá a cada uma delas primeiro e pergunte se elas estão
confiando em Cristo e procurando obedecê-lo. Elas leem a Bíblia e oram? Elas
estão lutando contra seus pecados particulares? Como elas estão indo na escola?
Os pais estão catequizando suas crianças? Quais livros os pais leram
recentemente? Eles estão tirando proveito dos sermões? Como eles estão se
utilizando dia do Senhor? Quais são suas principais lutas e tentações? Como
eles se relacionam com a família (marido e esposa; pais e filhos)? Eles possuem
alguma preocupação ou dúvida sobre a igreja? Conclua a visita com
uma breve exortação bíblica e com uma oração.
Lembre-se de tomar notas a cada visita. Elas irão ajudá-lo a
orar mais especificamente por cada um e refrescarão sua memória na próxima vez
que você os visitar.
Uma palavra aos ministros. Nós ouvimos muito, e ainda bem que sim, sobre
igrejas comprometidas com os meios de graça. Pois eu digo que se em seu
ministério não há espaço para uma sistemática visitação pastoral,
então você está negligenciando um importante meio de graça. Eu desafio
você a repensar sua filosofia ministerial. Se você não tem feito
regulares visitas pastorais, eu encorajo você a se
arrepender e a buscar pela graça de Deus para começar imediatamente. Deus
alertou em Ezequiel 34.1-10 que ele irá cobrar os pastores que
falham em pastorear o rebanho. (cf. Jer. 23.1-2, 1 Pedro 5.1-4).
Além disso, treine seus Obreiros a se juntarem a você nesse importante
trabalho. Alguns contestam dizendo que a visita aos lares não é
aceitável em nossa cultura. A questão que devemos responder é “isso é uma
exigência bíblica”? Se sim, então treine a si, a seus Obreiros e a sua
congregação.
Se você é membro de uma congregação e não recebe visitas pastorais,
eu encorajo você a requisitar uma. Que Deus restaure hoje esse ministério
perdido em nossas igrejas.
Agradeço minha Oportunidade
Wagner Teruel
quarta-feira, 6 de abril de 2022
No Vale ou voce é um profeta ou você é um cadáver
No Vale ou voce é um profeta ou você é um cadáver
“...A mão do Senhor estava sobre mim, e por seu Espírito ele me levou a um vale
cheio de ossos. Ele me levou de um lado para
outro, e pude ver que era enorme o número de ossos no vale, e que os ossos
estavam muito secos. Ele me perguntou:
“Filho do homem, estes ossos poderão tornar a viver?” Eu respondi: “Ó Soberano Senhor, só tu o sabes”...” (Ez.37:1-3
NVI)
Na visão
de Ezequiel temos alguns elementos em destaque:
1 – O Local
(vale): substantivo masculino [Geografia]
Depressão ou planície entre montes ou no sopé de um monte. Várzea ou planície à
beira de um rio. Depressão alongada, mais ou menos larga, cavada por um rio ou
geleira., normalmente no deserto, ficava entre duas
montanhas, nas montanhas o s marginais, ficavam escondidos para assaltar e
fazer mal as pessoas. O Salmista se refere ao vale ressaltando duas montanhas
quando disse: “...Ainda que eu andasse por um vale de Sombra e de Morte...”
(Sl.23:4)
2 – Cadaveres por
todos os lados: substantivo
masculino: o corpo morto, inteiro (ou quase inteiro), e não decomposto, de um
animal e esp. de um ser humano; FIGURADO (SENTIDO)•FIGURADAMENTE indivíduo muito doente ou
enfraquecido, ou apresentando aspecto pouco saudável (palidez, magreza etc.);
pessoa cujo corpo parece já sem vida ou prestes a morrer. Um retrato
absolutamente correto do que vemos hoje em dia no movimento cristão, Igrejas
tem se tornado verdadeiros ossuários, depósitos de zumbis.
3 – Profeta: substantivo masculino RELIGIÃO pessoa que anuncia os desígnios divinos, que prediz acontecimentos por
inspiração de Deus. "Deus falava aos hebreus através dos seus p."
Uma vez tendo
os termos definidos é hora de irmos para a historia.
A profecia
diretamente voltada para a nação de Israel, o profeta Ezequiel viveu seis séculos
antes de Cristo, o texto literalmente se refere a situação critica e vergonhosa
que se encontrava Israel, homens pecadores haviam se desvirtuado da Palavra e
agora andavam segundo suas próprias concupiscência, além do mais havia a ordem
do SHABATH, que eles não preservaram e desta forma, foram levados cativos para devolver
o que era de Deus. Só neste caso, já nos cabe entender que ninguém consegue
ficar devendo para Deus, Ele sempre cobra, seja seu tempo, seja suas finanças,
seja sua saúde, tudo é dEle.
Mas quero
ousar a utilizar este texto, para nossos dias de hoje.
Vivemos momentos
em que o grande boom religioso está ai, todos já ouviram falar de Jesus, todos cantam
canções evangélicas, parece que o inimigo está verdadeiramente derrotado, pois
o que mais se ve, são crentes para todos os lados.
Mas a verdade
é que ao abrirmos os olhos espirituais encontramos com pessoas dentro da
Igreja, cantando, rodando, pregando, mas vivem mortos, havidos pelo sangue do próximo,
desesperados pelo próximo pecado, vivendo a sombra da cruz para simplesmente
pecarem. Pastores correndo atras dos seus próprios interesses econômicos,
lideres querendo os holofotes para sí, profetizas que não passam de fofoqueiras
gospel.
Podemos afirmar
que vivemos literalmente em um vale de ossos secos.
Na historia
recente nunca o inimigo das nossas almas descansou tanto, como descansa agora,
as pessoas chamadas cristãs estão tão polarizadas, a favor de um politico ou
outro, a favor do mendigo ou da mulher, a favor de will smith ou do cris que se
esqueceram que a verdadeira polarização que interessa para o cristão é CEU ou
INFERNO, nada mais que isto
No vale da
sombra e da morte: dentro deste vale há duas montanhas de nome SOMBRA e MORTE. A
dor e o desespero acompanham esta caminhada, com razão o Senhor disse que teríamos
aflições, mas ao caminharmos olhamos a montanha da SOMBRA: sombras do passado,
sombras do terror religioso, sombras da inflexibilidade, quanta incoerência há
nos dias de hoje para nós cristãos, uma oxigenada no cérebro e olhamos para o
outro lado a montanha da MORTE: a espreita estão os nossos inimigos, prontos
para devorar as nossas carnes conforme diz o Salmo 27, pode se ver nas frestas
das penhas os olhos de morte querendo nos destruir, mas devemos seguir adiante.
Esta é a
cena do evangelho atual, de um lado sombras, do outro morte, mas olhe a frente,
o que você ve? Ossos, totalmente sem vida, crânios, fêmur, membros superiores,
costelas, vertebras, escapular, carpo, metacarpo, tudo ali esparramado, um
grande quebra cabeças simplesmente impossível de ser montado.
Agora olhe
se no espelho imaginário da sua alma: o que você vê? Um esqueleto? Um zumbi? Uma
farsa? Ou você ve um profeta? É que no vale ou você é um profeta ou
simplesmente um cadáver.
Parece duro
falar assim não é mesmo? Mas Deus precisa de você, e de alguma forma você precisa
reagir.
Não se
engane Ezequiel não estava cheio de “fogo” ou cheio de “poder”, ele estava
abatido, ele não foi considerado um sábio para ir ao palácio, não era velho
para ficar na destruída Israel, era um homem de trabalho pesado, assim que
chegou nas margens do rio Qebar, ficou olhando a situação vergonhosa, um estado
depressivo crônico o atacou, desespero, sentimento de derrota, ele realmente
estava entre as montanhas da SOMBRA e da MORTE.
Quando Deus
pergunta para ele se os ossos poderiam reviver sua resposta foi: SENHOR TÚ O
SABES, ou seja, já não é mais um problema meu, agora é contigo, não havia
forças naquele homem, não havia grandeza naquele homem, apenas um caminhante no
vale entre duas montanhas SOMBRA e MORTE, e agora diante dele ossos.
O cheiro fétido,
as hienas e chacais, os assaltantes tudo, conspirava contra o profeta. Mas de
repente veio a ordem: PROFETIZA.
PROFETIZA,
um transitivo direto, não havia espaço para discussão ou transferência de
responsabilidade, apenas PROFETIZA, eu não sei como você ve as coisas de Deus,
mas eu as vejo muito direta, logica e inflexível.
Deus precisa
de você, mas você precisa se reconhecer hoje.
1 – não são suas forças que farão os ossos
reviverem, apenas profetiza
2 – é necessário se reconhecer, não são os
ossos quem profetizará para esta nação, é você, apenas profetiza
3 – as montanhas sempre estarão ali,
apenas profetiza
4 – os ossos precisam reviver, apenas
profetiza
Na próxima
semana falarei: O QUE ESTÁ ACONTECENDO CONTIGO PROFETA?
sexta-feira, 3 de setembro de 2021
Laodiceia, uma Igreja ou uma era?
Laodicéia, Igreja ou Era?
Antes de estudarmos esta
preciosa carta, precisamos entender em primeiro lugar que a Carta, foi
realmente escrita e endereçada.
Em segundo lugar precisamos
entender que a Biblia, deve ser lida literalmente e em alguns casos figurativamente,
mas a retorica deve ser tratada com muito cuidado.
WMB – do tabernáculo da fé,
apregoou que as cartas eram eras e inclusive aponta para cada carta um profeta,
ou um anjo
Veja a discrepância:
Efeso –
Igreja primitiva - O
Profeta da igreja de Éfeso foi o apóstolo Paulo
Esmirna – não consta
nos relatos de WMB a datação desta suposta era (como uma era pode vir sem
datação especifica?), depois WMB afirma que foi Esta era se estendeu de 170 a
312 A.D o proteta um discípulo de Policarpo por nome de Irineu
Pergamo - A Era de Pérgamo
se estendeu por cerca de trezentos anos de 312 a 606 A.D – O Profeta Martin
nasceu em 315 na Hungria
Tiatira - A Era de Tiatira
foi a mais longa de todas, durou cerca de novecentos anos, de 606 a 1520 – O
Profeta São Patrício e São Columba. Foi sobre São Columba que caiu o quinhão de
ser o mensageiro
Sardes - A era de Sardes ou a quinta era
se estendeu de l520 a l750. Ela é usualmente chamada a Era da Reforma – o
profeta Martinho Lutero
Filadelfia – A Era da Igreja
de Filadélfia se estendeu de 1750 a aproximadamente 1906
O Profeta: O mensageiro para esta era
foi sem dúvida alguma João Wesley
Laodicéia - A era de
Laodicéia começou por volta da entrada do século vinte, talvez durante o ano de
1906. Quanto tempo durará? Como um servo de Deus que tem tido multidões de
visões, das quais não tem havido nenhuma que haja falhado, deixe-me predizer
(não disse profetizar, mas predizer) que esta era terminará por volta de 1977 –
O Profeta – Hipocritamente WMB diz que não se sabe quem é o profeta, mas como
ele foi o único a disseminar esta grande heresia podemos entender que ele
estava falando de sí mesmo, como muitos dos seus seguidores afirmam
Então quem afirmou ser uma era não foi a
Biblia, ou qualquer um teólogo de nome ou renome, foi um avivalista que teve
por objetivo entrar para a historia como defensor de uma ideia no mínimo
icônica, porem, sem base, nós como unicistas jamais poderíamos aceitar:
1 – a Reforma
2 – Os anjos como ministros trinitários
Leia Apocalipse 2 e 3. Agora
dê uma olhada num mapa e localize as sete cidades citadas. Vai perceber que
eram cidades vizinhas, numa área de aproximadamnete 250 km entre as mais
distantes (Pérgamo e Laodicéia).
A região incluída seria
apenas um canto de um estado brasileiro.
Eram sete igrejas, uma
próxima à outra, mas cada uma com a sua própria personalidade e suas
características diferentes. Nestas cartas encontramos igrejas menos de 50 km
distantes com contrastes enormes em atitudes e ações. Os efésios se mostraram
fortes em doutrina e fracos em amor. Os irmãos de Esmirna foram materialmente
pobres e espiritualmente ricos. A igreja de Pérgamo resistiu às perseguições,
mas tolerava a falsa doutrina de Balaão. A de Tiatira era uma igreja muito
ativa, mas que não tirou a má influência de uma mulher imoral e idólatra. Entre
a igreja quase morta em Sardes e a congregação morna em Laodicéia,
encontravam-se os irmãos perseverantes e fiéis em Filadélfia.
O que podemos concluir?
Mesmo na época apostólica, Deus não criou nenhum tipo de hierarquia ou sistema
de estrutura ligando uma congregação com outras. Jesus não enviou uma carta
"ao bispo da Ásia Menor" para corrigir os problemas das várias
igrejas, pois não havia nenhuma pessoa na terra governando as diversas
congregações. Cada igreja mantinha a sua independência, e cada uma era
responsável diretamente a Jesus.
Desde então, os homens têm
criado muitos sistemas de organização e de controle centralizado para manter
conformidade de doutrina e prática entre igrejas. Tais invenções vêm dos
homens, e não de Deus!
A Carta à Igreja
em Laodicéia
O vale de Lico, na Ásia Menor, tinha
três cidades principais: Colossos, conhecida por suas fontes de água
fria, Hierápolis, conhecida por suas fontes de águas termais,
e Laodicéia, conhecida por sua igreja morna, que causou enjôo no seu
Senhor, Jesus Cristo.
Ao Anjo da Igreja em
Laodicéia (3:14-22)
A igreja em
Laodicéia (14):
A igreja em Laodicéia é
citada no Apocalipse (aqui e em 1:11) e na carta de Paulo aos
colossenses (4:13-16).
As cidades de Laodicéia,
Colossos e Hierápolis (veja Colossenses 4:13) ficavam no vale do rio Lico.
Laodicéia situava-se no local da cidade moderna de Denizli, Turquia, no
cruzamento de estradas principais da Ásia Menor. Antigamente, a água da cidade
vinha via aquedutos das fontes termais ao sul da cidade. Até chegar em
Laodicéia, a água ficava morna. A qualidade dela não era boa, e a cidade ganhou
a reputação de ter água não potável. Ao engolir esta água, muitas pessoas
vomitavam. Semelhantemente, Jesus sentiu vontade de vomitar de sua boca a
igreja de Laodicéia (3:15-16).
Outras características de
Laodicéia servem como base para a linguagem desta carta. Foi conhecida como um
centro bancário (3:17-18). A região produzia lã preta (3:18) e um tipo de
colírio para os olhos (3:19).
O Amém (14): Esta
palavra vem de origem hebraica. No começo de uma afirmação significa
“certamente” ou “verdadeiramente”. No fim, pode ser entendida como “que seja
assim”. Jesus é a palavra final, a autoridade absoluta.
A testemunha fiel e verdadeira (14):
Quase a mesma descrição encontrada em 1:5. Jesus traz o verdadeiro testemunho
sobre seu Pai e a vontade dele para com os homens. Ele fala a verdade em cada
promessa e cada advertência que vem da sua boca.
O princípio da criação de
Deus (14): Esta expressão admite duas interpretações. Dependemos de
informações de outros trechos bíblicos para escolher o sentido correto. A frase
em si pode ser entendida no sentido passivo (o primeiro criado por Deus), ou no
sentido ativo (a origem ou a fonte da criação). A diferença é óbvia e enorme.
Jesus é uma criatura ou o eterno Criador? Ele foi feito por Deus ou é Deus? A
resposta vem de outras passagens. Jesus é eterno (João 1:1; Apocalipse 1:18), o
primeiro e o último (Apocalipse 1:17). Ele é Deus conosco (Mateus 1:23), o
verdadeiro Deus que se fez carne (João 1:14). Ele é o “Eu Sou” (João
8:24,58; veja Êxodo 3:14), o soberano “Senhor dos senhores e o Rei dos
reis” (Apocalipse 17:14). Jesus não foi criado. Ele não veio a
existir. Ele é eterno. Ele é Deus. Quem não aceitar este fato morrerá no seu
pecado (João 8:24).
Conheço as tuas
obras (15): Como fez com todas as igrejas destes dois capítulos, Jesus
expressa o seu conhecimento íntimo da igreja em Laodicéia. Ele anda no meio dos
candeeiros (1:13,20; 2:1).
Que nem és frio nem quente.
Quem dera fosses frio ou quente! (15): As águas termais de Hierápolis
ajudavam no tratamento de alguns problemas de saúde. As águas frias de Colossos
eram boas para beber.
Mas as águas mornas de
Laodicéia basicamente não serviam para nada; só davam ânsia de vômito!
Assim...estou a ponto de
vomitar-te da minha boca (16): Jesus olhou para a igreja de Laodicéia,
contente no seu estado de auto-suficiência e falsa confiança, e sentiu vontade
de expulsá-la de sua presença.
Pois dizes (17): As
afirmações da própria igreja de Laodicéia não refletiam o verdadeiro estado
dela. É fácil dizer que está tudo bem na vida espiritual de uma igreja ou de
uma pessoa, mas Jesus sabe a verdade. Ele vê as obras e sonda os corações. A
igreja de Laodicéia mentia para si mesma, mas Jesus não foi enganado!
Estou rico e abastado e não
preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre,
cego e nu (17): O orgulho dos discípulos de Laodicéia os cegou ao ponto de
não enxergarem os seus problemas.
Eles se achavam fortes e
independentes, mas Jesus viu o estado real de uma igreja fraca, cega e
infrutífera. A cidade de Laodicéia sofreu um terremoto em 60 d.C. e foi
reedificada com recursos próprios, sem auxílio do governo romano. Parece que a
igreja sentia a mesma atitude de auto-suficiência, perigosíssima num rebanho de
ovelhas que precisa seguir o seu Bom Pastor! Numa cidade conhecida por
tratamentos de olhos, a igreja se tornou cega e não procurou o tratamento do
Grande Médico.
Precisavam da humildade dos
publicanos e pecadores (Lucas 5:31-32).
Numa cidade que produzia
roupas de lã, a igreja andava nua, sem a vestimenta de justiça oferecida por
seu Senhor (2 Coríntios 5:3; Colossenses 3:9-10).
Aconselho-te (18):
Jesus não elogiou a igreja em Laodicéia, mas ofereceu conselho para guiá-la de
volta à comunhão íntima com ele. Sugeriu três coisas necessárias para a igreja:
1. Comprar
de Cristo ouro refinado. A verdadeira riqueza é espiritual, e vem exclusivamente
de Deus. Ele oferece o ouro puro, refinado pelo fogo.
2. Comprar
do Senhor vestiduras brancas. É Deus quem lava os nossos pecados e nos veste de
pureza e de atos de justiça (3:4; 19:8).
3. Comprar
de Jesus colírio para os olhos. Somente Jesus pode curar a cegueira espiritual
que aflige os orgulhosos e auto-suficientes. Foi exatamente o mesmo problema
que Jesus criticou nos fariseus (Mateus 15:14; 23:25-26). É o mesmo problema de
qualquer um que esquece da importância do sacrifício de Jesus e começa a
confiar em si mesmo (2 Pedro 1:9).
Eu repreendo e disciplino a
quantos amo (19): A correção que vem de Deus é uma manifestação do seu
amor (Hebreus 12:4-11). Quando Deus nos corrige, devemos aceitar a disciplina
como ele deseja, para o nosso próprio bem. Ele quer nos conduzir ao
arrependimento e à plena comunhão com ele. A disciplina aplicada pelos servos
de Deus deve, também, ser motivada pelo amor (Hebreus 12:12-13). Esta atitude
deve guiar os pais que corrigem os seus filhos (Provérbios 13:24), e os
cristãos que corrigem os seus irmãos na fé (Tiago 5:19-20; 2 Coríntios 2:5-8).
Sê, pois, zeloso e
arrepende-te (19): A solução ao problema dos discípulos em Laodicéia não
seria meramente algumas mudanças externas.
Precisavam do zelo para com
Deus para se arrependerem.
Eis que estou à porta e
bato (20): Jesus pôs uma porta aberta diante da igreja de Filadélfia
(3:7), mas a igreja de Laodicéia colocou uma porta fechada diante de Jesus! Ele
bate, mas não força ninguém a abrir a porta.
Ele chama, mas depende dos
ouvintes atender à voz dele. Este versículo reforça o entendimento do livre
arbítrio do homem. Jesus oferece a salvação a todos, mas cada pessoa toma a sua
própria decisão.
Entrarei ... e
cearei (20): Ambas as figuras, aqui, representam a comunhão com Cristo.
Ele entra na casa e habita naqueles que obedecem a palavra dele (João 14:23).
Cear com alguém sugere uma relação especial de estar de acordo ou em comunhão (1 Coríntios 10:21; 5:11).
É um privilégio especial comer à mesa do rei (2 Samuel 19:28). Não há
privilégio maior do que a bênção de cear com o Rei dos reis!
Ao vencedor, dar-lhe-ei
sentar-se comigo no meu trono (21): Os vencedores terão o privilégio de
reinar com Cristo (veja 2:26-27; 20:4). Tal honra não seria para os orgulhosos
e auto-suficientes, mas para os humildes e obedientes. Jesus foi obediente ao
Pai aqui na terra para ser exaltado ao lado dele no céu (Filipenses 2:8-9).
Somente os obedientes serão exaltados com Cristo.
Quem tem
ouvidos... (22): Jesus bate e chama. Cabe ao homem ouvir e atender a sua
voz!
Conclusão
Na carta à igreja em Laodicéia, Jesus não
citou nenhuma doutrina errada e nenhum pecado de imoralidade. Ele não condenou
a igreja por práticas idólatras. Esta igreja, que se achava rica e forte, foi
criticada por seu orgulho e auto-suficiência. Exaltou-se, ao invés de se
humilhar diante do Senhor dos senhores.