Por que somos chamados de seita?
Como já vimos em capitulos anteriores isto é fato antigo o “grande reformador” Calvino, perseguiu a um unicista de nome Miguel de Cervet, a Igreja foi perseguida nos primeiros anos e hoje ainda não é diferente, ultimamente temos sido perseguidos por homens maus que distorcem a verdade ausando-nos de “anti-cristo”, “falsos-profetas”, e muitos outros titulos, mais minha pergunta é: Isto não é uma incoerencia? Pois somos nós que anunciamos a divindade de Cristo e o apontamos como único Deus, e este povo nos chama de “anti-cristo”.
Recordo-me que em uma determinada ocasião eu estava no escritório de um amigo e logo chegou um pastor aqui de Mogi das Cruzes e começou me afrontar dizendo que eu era da Igreja primitiva, e, que não usávamos Bíblias e sim pergaminhos, e que as coisas velhas deveriam ficar nos museus, pois Cristo é novo. E me pediu para que eu levasse até ele uma cópia dos pergaminhos, ao que, lhe respondi que seria impossível pois meus irmãos unicitários foram queimados enrrolados nele pelos “pseudos-reformadores”. Não se engane, pois hoje é muito bonito falar de mártires e todos querem ser mártires, porem, os verdadeiros mártires foram os Cristãos Unicitários que foram lançados em covas de leões, foram crucificados, foram queimados, foram lançados em calabouços tudo porque criam e pregavam que o Messias anunciado havia nascido e sido pregado no calvário e seu nome é Jesus, é muito fácil reconhecer a Jesus como o Messias para um povo latino como nós, porem, é muito difícil para um judeu reconhecer o Messias porque para este reconhecimento o judeu entende que o Messias só pode ser Deus encarnado, pois esta era a ordem de Deus.
Quero aqui neste capitulo tentar na medida do possivel explicar o que é uma seita, e qual o motivo que os “apologetas trinitários” nos acusam de seita.
O que é uma seita afinal de contas?
Seita (< latim secta = "seguidor", proveniente de sequi = "seguir") é um conceito utilizado para designar, em princípio, simplesmente qualquer doutrina, ideologia ou sistema que divirja da correspondente doutrina ou sistema dominante (ou mais de um, quando for o caso), bem como também para designar o próprio conjunto de pessoas (o grupo organizado ou movimento aderente a tal doutrina, ideologia ou sistema), os quais, conquanto divergentes da opinião geral, apresentam significância social.
Usualmente conecta-se o termo à sua significação específica (stricto sensu) apenas religiosa, com o que por "seita" entende-se, a priori e de ordinário, imediatamente "seita religiosa". Porém, tal nexo causal não é imperativo, pois nem sempre uma seita está no domínio religioso.
Considerações filosóficas
• Seja qual for a sua inserção semiológica, imprescindível é saber que seita, como ideologia ou como grupo que a professa, está colocada em desfavor no jogo do poder, face ao(s) detentor(es) da dominação. Isso vale em religião, política, ou outra qualquer expressão humana.
• Seita é conceito sempre relativo em termos circunstanciais de espaço-tempo e de grau de abrangência cultural e/ou populacional.
• Além disso, é conceito dinâmico, pois o que é seita num dado lugar, num dado momento histórico e para dada abrangência cultural e/ou populacional, pode vir a ser a ideologia dominante numa outra circunstância (espaço-tempo, cultura etc. diferentes, subsequentes).
O conceito essencial de seita conecta-se com o de heresia, já que este significa o conjunto de idéias que, em princípio e face às consideradas dominantes, destas divergem e devem, portanto, ser rejeitadas. A questão da rejeição é, naturalmente, tão pura e simplesmente, apenas imposição do poder da estrutura ideológica que está no domínio.
Etimologia
A palavra seita provém do latim secta (de sequi, que significa seguir), um curso de acção ou forma de vida, designando também um código comportamental ou princípios de vida ou ainda uma escola de filosofia ou doutrinas. Um sectator é um guia leal, aderente ou seguidor.
As palavras sectarius ou sectilis referem-se também ao corte ou acto de cortar, embora a etimologia da palavra não tenha semelhança alguma com a definição moderna que lhe é dada dentro do contexto atual.
Seita religiosa
Seita designa um grupo de pessoas (um movimento) que professam nova ideologia divergente daquela da(s) religião(ões) que são consideradas dominantes e ou oficiais, geralmente dirigidos por líder com características de personalidade consideradas carismáticas, mas ainda com fraco ou pouco reconhecimento geral por parte da sociedade. Mas, já se viu, a questão do reconhecimento é tão-apenas relativa.
Em oposição, o termo denominação religiosa é utilizado para designar os movimentos com reconhecimento geral na sociedade, embora, no Islão, os grandes grupos de seguidores wahhabis, xiitas e sunitas sejam considerados por muitos como seitas.
Muitas das chamadas "seitas" desmembram-se, cessam ou mudam de direção ideológica e/ou doutrinária com o desaparecimento dos seus líderes. Outras vezes, na ampla dinâmica histórica, aqueles outrora ditos "seitas" passam a assumir posição de domínio.
Do ponto de vista legal, os estados ocidentais passam a reconhecer as seitas religiosas como denominações religiosas quando estas obtêm registro oficial como pessoa jurídica, embora a perseguição religiosa e as injunções de manipulação de poder nem por isso se extingam. Com efeito, têm sido uma prática constante ao longo dos tempos para os grupos considerados como seitas.
É interessante lermos o que o Pastor Natanael segundo a CACP – CENTRO APOLÓGÉTICO CRISTÃO DE PESQUISAS, afirma este ser o mais renomado apologeta do Brasil, mais é importante ao apresentarmos aqui sua explicação de que sua apologia é pessoal, particular e sem base as Sagradas Escrituras, vejamos o que diz o Pastor Natanael:
“…O gnosticismo não obteve êxito. Os membros deste movimento ensinavam a salvação através do conhecimento místico, e não pela fé em Jesus. Eles constituíam grupos muito diversificados em suas doutrinas, pois diferiam de lugar para lugar, e em seus períodos. Essa doutrina era nada mais que um enxerto das filosofias pagãs nas doutrinas cristológicas. Negava o Cristianismo histórico (segundo ela, o Senhor Jesus não teve um corpo, isto é, não veio em carne, e seu corpo seria mera aparência, que chamavam de corpo docético). Seu período áureo foi entre 135-160 d.C., mas o gnosticismo já dava trabalho às igrejas na época dos apóstolos. O evangelista João enfatiza que “o Verbo se fez carne” (Jo 1.14); e “todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus...” (1 Jo 4.3). É bom lembrar que os escritos joaninos são do final do primeiro século, escritos na cidade de Éfeso, então capital da Ásia menor, de onde surgiu o gnosticismo.
A Igreja saiu ilesa nessa batalha contra o gnosticismo, mas deixou de saldo a preocupação dos cristãos sobre a divindade do Logos e o monoteísmo. Os pais da Igreja se empenharam muito nessa luta contra as heresias. Se Jesus é Deus absoluto, como fica o monoteísmo judaico-cristão? Por outro lado havia outra questão:
se o Logos é subordinado ao Pai, não se com¬promete a divindade absoluta de Jesus? Havia na época os alogoi e os ebionitas.
Os alogoi eram contra a doutrina do Logos: negavam a divindade de Jesus. Os ebionitas constituíam a seita do segundo século, que negava a deidade absoluta de Cristo. Formavam uma comunidade de judeus-cristãos. O nome vem do hebraico e significa “pobre”. Eles criam em Jesus como o seu Messias, mas negavam sua deidade — o embrião da doutrina cristológica das Testemunhas de Jeová. Os ebionitas tinham horror aos escritos paulinos, pois Paulo colocava judeus e gentios no mesmo bojo: “to¬dos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23), e pelo fato deste apóstolo pregar a divindade de Cristo (Rm 9.5; Cl 2.9; Tt 2.13, etc.). Viviam o ritual da Lei e os costumes judaicos, e eram hostilizados tanto pelos judeus como pelos cristãos. Eram numerosos no final do primeiro século, mas aos poucos foram de¬saparecendo do palco, sumindo de vista no cenário da história da Igreja. Hoje estão mani¬festos com nova roupagem…”
Dá para se ver ao lermos este comentario infeliz do Pastor Natanael, de que ele realmente não sabe do que está falando, ao dizer que nós os unicistas negamos a Divindade de Cristo Jesus, quando nosso texto aureo está em 1ªJoão 5:20 que afirma ser Jesus o Verdadeiro Deus e a vida Eterna. Como fazer apologia de uma coisa como a santíssima trindade, se a propria Bíblia refuta outros deuses?
O povo unicista de maneira nenhuma são correntistas dos ebionitas ou sabelianistas, tambem não somos monarquianistas, unicamente cremos que Jesus é Deus, minha pergunta é, crer na divindade de Cristo me faz um herege? Ou sectário? Pois bem sou sectário, porem negar o Nome de Jesus Cristo jamais.
Recordo das palavras do meu velho pai, já falecido que dizia: “SÓ HÁ UM SER QUE QUER DIMINUIR A JESUS, E ESTE É O DIABO, OS QUE ASSIM FAZEM DELIBERADAMENTE TRABALHAM PARA O PAI DA MENTIRA”. (L.R.Santos)
Veja ainda o disparate de inverdades que o senhor Raimundo F. de Oliveira escreve em seu livro Seitas e Heresias – um sinal dos tempos da editora CPAD:
“ No tercerio seculo de nossa era, surgiu um movimento doutrinário a respeito da natureza de Deus, liderado por Sabélio, um presbítero da Igreja Cristã no norte da Africa; esse ensino de Sabélio consistia na negação da existencia da trindade, dizendo que Jesus era o Jeová do AT…. Este ensino desapareceu antes do fim do seculo IV, porem ressurgiu neste seculo, com uma nova roupagem chamado de “SÓ JESUS ou NOVA LUZ”
O pobre Raimundo nem sequer se deu ao trabalho de pesquisar a quantidade de asneiras que escreveu e traz a seguinte refutação bíblica acompanhe:
“…todo e qualquer movimento religioso que pôe a revelação particular e as experiencias pessoais acima da revelação divina da Bíblia Sagrada, cai em graves erros de interpretação da doutrina cristã. Isto é o que acontece com os seguidores do movimento “SÓ JESUS”.
Realmente não há necessidade de refutar tão apremiante verdade, este senhor que escreve isto apenas esquece-se de informar qual a base bíblica para batizar o povo na trindade, e tambem esquece-se de informar que é trindade afinal de contas? Pois ao lermos as Sagradas Letras, encontramos que estes senhores apologetas nada mais são que marionetes do catolicismo romano, defendem a farsa da reforma que nada mais fizeram a não ser condenar irmãos unicistas a fogueiras e outras mortes horrendas, na verdade já estamos conseguindo descobrir quem é quem nas seitas não é mesmo?
Agora é bem verdade que dentro do movimento Unicista existem diversas facções entre elas o tabernáculo da fé que é veemente refutada por mim por entender que não existe bases para tais ensinos, tambem refutamos por completo a Igreja Cristo Vive, entre outras mais somos unidos a todos os que professam que Jesus Cristo é o único Senhor.
Pedimos a gentileza dos senhores teologos trinitarianos a terem respeito pela nossa fé e não nos desrespeitarem mais, pois assim como existem milhares de assembléias, presbiterianas, e demais denominações tambem dentro da Unicidade existem diversas denominações que professam a verdade inquestionável que liberta, isto é, de Jesus é Deus e o único Deus.
Texto extraido do livro CONTRA FATOS NÃO HÁ ARGUMENTOS
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